Autor: Fran Perez Traduzido por: Rafael Barros
O livro dos antigos Maias, de grande valor histórico e espiritual, tem sido chamado «erroneamente Livro Sagrado ou a Bíblia «K’iche». Está composto de uma série de relatos que tratam de explicar a origem do mundo, da civilização, de diversos fenômenos que ocorrem na natureza etc.

Esses seres que criaram a humanidade são referidos no Popol Vuh, como «o Criador, o Antigo, o Dominante, a Serpente Emplumada, («eles» que procriam), «Eles» que dão a existência, que se pairam sobre a água como uma luz ao amanhecer».
O que significa isso? Pensa-se originalmente que os antepassados maias se referiam a «Eles» quando tentavam falar dos (deuses, os seres celestiais) «aos criadores da humanidade». Curiosamente, os antepassados falam de como tudo chegou a ser, e através desses linhas do Popol Vuh podemos apreciar claramente a suposta influência que tiveram «Eles» dentro da criação do «homem».
Quando é lido através do capítulo um do livro encontramos o seguinte: «Estavam ocultos sob plumas verdes e azuis, por isso se lhe chama Gucumatz (Serpente Emplumada). De grande sábio, de grandes pensadores é sua natureza. Dessa maneira existia o céu e, também o Caroção do Céu, que esse é o nome de Deus. Assim contavam.
Chegou aqui à palavra, vieram junto com Tepeu (o Dominante) e Gucumatz (a Serpente Emplumada), na escuridão da noite, e falaram entre si Tepeu e Gucumatz. Falaram, pois, consultando entre vi e meditando, se colocaram de acordo, juntando suas palavras e seu pensamento.

Então, se manifestou com clareza, enquanto meditavam, que quando amanhecia, devia aparecer o homem. Então, decidiram a criação e crescimento as árvores e os cipós e o nascimento da vida e a criação do homem. Se dispôs assim nas trevas e na noite pelo Coração do Céu, que se chama Furação. O primeiro chama-se Caculhá Huracán (O Relâmpago). O segundo é Chípi-Caculhá (A ranhura do Relâmpago). O terceiro é Raxa-Caculhá (O Raio que Atinge). E esses três são o Coração do Céu.»
É interessante assinalar, que não somente o Criador, o Antigo, o Dominante, a Serpente Emplumada CRIARAM o homem, eles criaram todo o resto: «Logo a terra foi criada por eles. Assim foi na verdade como fez a criação da terra. Terra! disseram e no instante foi feita. Como a neblina, como a nuvem e como uma poeira a criação, quando surgiram da água as montanhas, e no instante cresceram as montanhas. Somente por um prodígio, somente por encanto, se realizou a formação das montanhas e os vales, e no instante brotaram juntos as florestas de ciprestes e pinheiros na superfície. E assim se preencheu de alegria Gucumatz, dizendo: Boa tem sido sua vinda, Coração do Céu; Tu, Huracán, e tu, Chípi-Caculhá, Raxa-Caculhá. Nossa obra, nossa criação será terminada, responderam.»
A terra então foi coberta com diversas formas de vida animal. O Criador e o Antigo diz aos animais: Dizei, pois, nossos homens louvai-nos». Mas os animais não podiam falar como um homem! Então disseram seus autores: «Nossa glória ainda não é perfeita, já que vós não podereis invocarmos. Refúgios e alimentos tereis, mas enquanto a tua carne, se comerá. Esse é seu destino.» Fala o texto antigo que várias vezes «eles» tentaram de criar o homem. Parece como se esses seres tivessem falado no princípio, e no «céu» «eles» se sentaram e o pensaram bem mais uma vez. Pode se sentar literalmente no céu? Bom, provavelmente, se estiver em um avião ou outro veículo … sim.
Aqui está o que os textos antigos resumem: «Mais uma vez há um conselho no céu. «Discutiremos de novo, façamos deles o que tem de ser nossos veículos e alimentadores.» Assim que os criadores estavam decididos a fazer o homem. Da terra vermelha eles moldavam sua carne, mas quando o fizeram, viram que não era bom. Ele ela incoerente, não tinha forças, era incapaz, aguado; ele tinha sido dotado com a fala, mas não tinha a inteligência, e logo se consumiu na água sem ser capaz de ficar em pé».

Parecia como se oi Criador, o Antigo, o Dominante, a Serpente Emplumada, «Eles» que geraram, «Eles» que deram existência não houvessem estado satisfeitos com sua criação e desapareceram quando quisessem. «Mais uma vez os deuses entraram em conselho. Decidiu-se que o homem seja feito de madeira do tzité (carvalho), e a mulher da medula do zibac (salgueiro), mas o resultado não foi satisfatório – eram meramente manequins de madeira. E essas são as pessoas que habitam na superfície da terra. Eles existiram e se multiplicaram, mas não tinham nem o coração nem a inteligência, nem a memória de seus criadores. Levavam uma vida inútil e viviam como os animais.»
«Eles não eram senão uma tentativa dos homens. Devido a que não dirigiam seus pensamentos para o Coração dos Céus, a face da terra se escureceu, e uma chuva triste começou a cair. Chegaram (então) todos os animais, grandes e pequenos (e os homens foram) golpeados em suas próprias caras pelos bastões e as pedras. Todos os que lhes haviam servido falaram, para atormentá-los, inclusive seus utensílios tomaram forma e vez para ser acrescentado a sua miséria. Então os homens corriam, mas as casas derrubaram-se por debaixo deles, tratam de subir as arvores, mas as arvores os tiravam baixo, tentaram entrar nas cavernas, mas as cavernas eram fechadas diante deles. Dessa maneira foi alcançada a destruição dessas criaturas, salvo uns poucos de seus descendentes que agora existem no bosque como pequenos macaquinhos.»
A terceira parte do Popol Vuh continua a história da criação com o seguinte texto:
“Mais uma vez os deuses receberam a comunhão juntos e o Criador, e o Antigo fizeram quatros homens perfeitos – sua carne estava completamente de milho amarelo e branco. “O nome da primeira foi Balam-Quitze; da segunda, Balam-Agab; da terceira, Mahucatah; do quarto, Iqi-Balam”.

Aqui está a parte interessante do Popol Vuh:
“Eles não tinham nem pai nem mãe, nem se fizeram pelas pessoas regulares na obra da criação, mas sua vinda à existência era um milagre extraordinário, causado pela intervenção especial do Criador. «Verdadeiramente, pelo menos, os deuses viram os seres que eram dignos de sua origem.”
Como pode-se ver nas partes anteriores do Popol Vuh, temos descrições detalhadas de como os seres que não eram da Terra, CRIARAM o homem: o Criador, o Antigo, o Dominante, a Serpente Emplumada. Eles que geraram, Eles que dão existência haviam tido uma comunicação muito estreita em várias ocasiões, e depois de várias tentativas, «Eles» criaram a humanidade.
Fonte: UFO SPAIN
Um comentário em “O livro dos antigos Maias: Seres de outros Mundos criaram o ser humano”