Autora: Joanna Gillan
Traduzido por: Rafael Barros
Os geoglifos mais conhecidos do mundo são sem dúvida as Linhas de Nazca do litoral do Peru. No entanto, disperso por todo o mundo há milhares de outros geoglifos que são igualmente impressionantes. As esculturas de terra seguem sendo um dos maiores mistérios da arqueologia. Apesar de uma grande quantidade de pesquisadores sobre essas incríveis criações, o proposito dos geoglifos continua fugindo aos pesquisadores e segue sendo uma questão de conjeturas. Alguns cientistas creem que estão vinculados aos céus, que representam constelações no céu noturno. Outros especialistas creem que as linhas desempenharam um papel na peregrinação, ao passo que um caminhava através delas para chegar a um local sagrado. Outra ideia mais é que as linhas estão conectadas com a água, algo vital para vida, mais difícil de conseguir no deserto. Aqui examinamos dez geoglifos atrativos de todo o planeta.
As enigmáticas linhas de Nazca do Peru

Localizados na planície árida da costa peruana, a uns 400 km ao sul de Luma, os geoglifos de Nazca sobre um incrível 450 km2. Encontram-se entre os maiores enigmas da arqueologia devida a sua quantidade, natureza, tamanho e continuidade. Os geoglifos representam seres vivos, plantas estilizadas e seres imaginário, assim como figuras geométricas de vários quilômetros de comprimento. A característica surpreendente dos geoglifos de Nazca é que somente se podem apreciar realmente desde o ar, o que gera perguntas sobre como o que se criaram. As linhas de Nazca somam milhares e a grande maioria delas datam de 200 a.C há 500 d.C., até o momento em que o povo conhecido como Nazca habitava a região. As primeiras linhas, criadas com pedras empilhadas, se remonta ao ano 500 a.C. embora as linhas se podem ver desde o solo, não há nada remotamente emocionante em valas dessa perspectiva. No entanto, desde o ar, se podem realizar sua verdadeira beleza e as maravilhas de sua criação. Apesar de uma grande quantidade de investigações sobre essas criações assombrosas, o propósito das linhas continua eludindo aos pesquisadores e segue sendo uma questão de suposição. Alguns cientistas creem que estão vinculados aos céus de algumas constelações representativas no céu noturno. No entanto, há investigação tem encontrado que existem tantas linhas não relacionadas com as constelações como as que existem, o que significa que essa teoria não pode proporcionar uma explicação completa. Os especialistas creem que a linhas desempenharam um papel de peregrinação, enquanto que um caminhava através delas para chegar a um local sagrado como Cahuachi e suas pirâmides de adubo. Outra ideia mais é que as linhas estavam conectadas com a água, algo vital para a vida, mas difícil de obter no deserto, e podem ter tido um papal nos rituais baseados na água. Embora, o fato de que as linhas se tenham mantido enigmáticas tem promovido teóricos alternativos para fazer flutuar ideias sobre a comunicação extraterrestre ou “mensagens aos deuses”.
O desconcertante caso do gigante do Atacama

Os geoglifos do Deserto do Atacama na América do Sul, são menos familiares que as linhas de Nazca de renome mundial, no entanto, são muito mais numerosos em número, mas variados em estilo e cobrem uma área maior. Um dos geoglifos do deserto do Atacama um dos mais intrigantes e controvertidos, é o chamado gigante do Atacama, que continua agitando o debate sobre seu verdadeiro significado e interpretação. O gigante do Atacama é um geoglifo antropomorfo que mede 119 metros de altura, o que o converter no maior geoglifo do mundo. Se caracteriza por uma cabeça quadrada e patas largas muito estilizadas. Se podem ser quatro linhas que saem da parte superior da cabeça do gigante, assim como a cada lado de sua cabeça. Nenhuma explicação foi perdida e teoria para explicar as estranhas características desse enorme geoglifo. Segundo uma interpretação, era uma espécie de calendário astronômico que indicava o movimento da lua. Com esse conhecimento, se diz que o dia, o ciclo de cultivo e as estações se poderiam calcular. Outra interpretação sustenta que o gigante do Atacama representa uma divindade adorada pela população local. Outras teorias sugerem visitas extraterrestres, que marcam uma rota de peregrinação, o que reflete um tipo de linguagem. Se bem a função dos geoglifos do deserto do Atacama segue sendo um mistério, é inegável que tiveram grande importância para as pessoas que viviam na região, se espera que os geoglifos se conservem para as gerações futuras, e que a investigação adicional possa algum dia descobrir seus segredos.
Mais de 50 antigos geoglifos, incluída suástica descobertos no Cazaquistão

Os arqueólogos os chamam linhas Nazca do Cazaquistão: mais de 50 geoglifos gigantes formados com montes de terre e madeira que se encontram em toda a paisagem no norte do Cazaquistão. Estão desenhados em uma variedade de formas geometrias, que incluem cruzes, quadrados, anéis e inclusive uma suástica, um antigo símbolo que se tem usado pelo menos 12.000 anos. Os geoglifos, que são muito difíceis de ver no solo, foram vistos pela primeira vez no Google Earth. Desde então, uma equipe de arqueólogos do Cazaquistão e Lituânia tem investigado as estruturas gigantes utilizando fotografias área e um radar de penetração no solo. Seus resultados revelaram uma grande quantidade de formas que variam de 90 a 400 metros de diâmetro, em sua maioria de montes de terra, mas uma, a suástica, se fez com madeira. Os pesquisadores ainda não dataram as estruturas, mas suas características sugerem que tem em torno de 2.000 anos. “A partir de hoje, só podemos dizer uma coisa: os geoglifos foram construídos por pessoas antigas”, disseram os arqueólogos Irina Shevnina e Andrew Logvin, da Universidade de Kostanay, em um e-mail a Live Science.
As antigas linhas de rochas criadas pela enigmática cultura de Paracas são anteriores aos geoglifos de Nazca

Um recente estudo publicado na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências, revelou o descobrimento de um complexo conjunto de geoglifos construídos pelo misterioso povo de Paracas no Peru. As características arqueológicas, que se remontam a 2.300 anos atrás, se encontraram alinhadas com a postura do sol durante o solstício de inverno, e se crê que se criaram para marcar montes cerimonias e sítios residenciais. Charles Stanich, diretor do instituto de Arqueologia de Cotsen na Universidade da Califórnia, e sua equipe, encontraram 71 linhas ou segmentos de geoglifos, 353 rochas, as que formam círculos ou retângulos, dois montes na forma de U e um ponto no que uma serie de linhas convergentes forma um círculo de raios. Se encontrou que muitas das características arqueológicas possuem alinhamentos astronômicos, outas apontam a lugares especiais na paisagem, como algumas das antigas pirâmides da região. A equipe de investigação levantou a hipótese de que as linhas teriam proposito diversos: alguns parecem ter um tempo marcado, outros podem ter atraído a participantes para assistir a eventos importantes, e outros poderiam ter apontado o caminho para estruturas sagradas.
As “obras dos antigos”: geoglifos do Oriente Médio

Desde Síria até Arábia Saudita, milhares de antigos geoglifos construídos em pedra se estendem através das planícies do deserto. Conhecidos como os “trabalhos dos antigos”, alguns mostram uma estrutura similar a um cometa, enquanto outros tem desenhos similares a uma roda. Tal como as Linhas de Nazca do Peru, vem numa ampla variedade de formas e tamanhos, com muito diversidade entre estruturas. Os geoglifos são praticamente invisíveis para os que estão no solo, porem os que voam por cima da cabeça podem distingui-los facilmente. Os habitantes locais se referem a eles como “obras dos antigos”, mas não tem tido de proporcionar mais informação sobre seus criadores.
Algumas das estruturas circulares contém dois rádios que forma uma barra que aponta na mesma direção no que o sol sai e se põe, enquanto outras contem rádios que não parece ter nenhum significado astrológico. Se crê que um tipo de estruturam conhecida como “cometa”, se usou realmente como parte de sistema para aa caça. Os longos muros de pedra formam uma área ampla e aberta, que logo se converte numa área pequena e fechada. Os animais selvagens seriam canalizados desde a área maior através do pescoço para a área estreita que se chamava o “piso da matança”. Isso facilitaria a caça de animais selvagens, já que seu movimento se restringiria uma vez que alcançavam o piso de matança. Se estima que há 2000 estruturas de cometas nos desertos da Síria Jordânia, o sul de Israel e Arábia Saudita que ilustra que esse método de caça deve ter sido amplamente utilizado.
Geoglifo Wari similar as linhas de Nazca encontradas no Peru

Os arqueólogos que recentemente realizaram escavações em Arequipa, no sul do Peru, se surpreenderam ao encontrar um grande geoglifo que se parece às famosas linhas de Nazca. O geoglifo maciço é o primeiro de seu tipo descoberto na região. Se tem vinculado na cultura pré-inca wari (1200-1300 d. C.), porém não está claro como chegaram os pesquisadores a essa conclusão. O geoglifo, que mede 60 metros por 40 metros, consistem em uma grande imagem retangular com formas geométricas e linhas dentro dela. Se de fato o geoglifo recém descoberto foi criado pelo povo Wari, o achado poderia server para jogar nova luz sobre suas práticas culturais, que poderiam ter sido influenciadas pelo povo Nazca. A civilização Wari floresceu desde o ano 600 d. C. nas terras altas andinas e forjou uma sociedade complexa considerada hoje como o primeiro império do Peru. Sua capital andina, Huari, converteu-se em uma das grandes cidades do mundo da época. Se sabe relativamente pouco sobre o Wari, porque não sobrou registro escrito, embora milhares de sítios arqueológicos revelam muito sobre suas vidas.
As crianças ajudaram a construir um misterioso geoglifo de alce de 6.000 anos na Rússia

Uma investigação revelou que um enorme geoglifo de um alce nas montanhas dos Urais, é um dos exemplos mais antigos de arte terrestre no mundo, que se remonta a uns 6.000 anos. O alce mede aproximadamente 275 metros (900 pés) de largura (em seu ponto mais largo), e estava formado por valas de 30 centímetros (12 pulgas) de profundidade e entre 4,5 metros (15 pés) e 10 metros (32 pés) de comprimento. As valas foram escavadas e logo enchidos de pedras, com pedras maiores geralmente colocadas ao longo das bordas e pedras menos utilizadas para preencher no meio. Os cascos dos alves se encheram com uma junção de argila e pedras trituradas. Uma análise das ferramentas de pedra encontradas no sitio revelou um estilo de redução lítica que corresponde ao período entre 3.000 e 4.000 a.C. Talvez um dos descobrimentos mais interessantes que surgiram dos trabalhos recentes de escavação no sitio, é que um exame de mais de 150 ferramentas encontradas ao redor do geoglifo sugere que as crianças participaram em sua construção, assim como os adultos. “Mas não foi um tipo de trabalho escravo de crianças”, disse Stanislav Grigoryev, principal pesquisador do Instituto de Arqueologia e História de Chelyabinsk. “Estiveram envolvidos para compartilhar valores comuns, para se unir a algo importante para todas as pessoas”.
Círculos gigantes de pedra no Oriente Médio

Tem-se fotografado enormes círculos de pedra no Oriente Médio a partir do ar, mas os pesquisadores seguem desconcertados sobre porque existem e quem os criou. Onze círculos grandes marcam a paisagem através da Jordânia e Síria. Se remontam há pelo menos 2.000 anos, porem inclusive podem ser pré-históricos, criados num tempo anterior à invenção da escrita. Os geoglifos são enormes, alguns deles aproximadamente 1.300 pés de diâmetro, e estão compostos por muros curtos de pedra construídos com rochas locais. Os pesquisadores dizem que os círculos haviam requerido algo de planejamento, já que muitos deles são muitos precisos. Era notável que tivesse algum tipo de “arquiteto” para dirigir cada projeto. Os pesquisadores questionam se os círculos eram usados para manter manadas de animais, ou podem ter sido áreas de enterro, mas até o momento, não se tem recuperado ou extraídos dos sítios restos contemporâneos ou qualquer uso pratico obvio. Se tem encontrado milhares de outras estruturas antigas em todo o Oriente Médio, como rodas, paredes, pingentes (linhas para e desde os túmulos de enterro) e cometas (paredes de pedra usadas para conduzir aos animais nas áreas de matanças). O mesmo que as enigmáticas linhas de Nazca no Peru, geoglifos gigantes que se encontram a meio mundo da Jordânia, as intenções dos construtores e o propósito dos desenhos seguem sendo, por enquanto, um mistério muito desconcertante.
As origens desconhecidas das incríveis Linhas de Sajama da Bolívia

No oeste da Bolívia, milhares e milhares de caminhos perfeitamente retos estão gravados no solo, criando uma vista assombrosa. Essas linhas foram talhadas no solo durante um período de 3.000 ano pelos indígenas que vivem perto do vulcão Sajama. Desconhece-se exatamente quando ou porque se construíram, e é difícil imaginar como a construção de algo de tal magnitude poderia ser anterior à tecnologia moderna. As linhas de Sajama cobrem uma área de aproximadamente 22.525 quilômetros quadrados, ou 8.700 milhas quadradas. São linhas perfeitamente retas, formadas numa rede. Cada linha individual é de 1 a 3 metros ou de 3 a 10 de largura. As linhas mais largas medem 20 quilômetros, ou 12 milhas de comprimento. A criação dessas linhas sem a ajuda da tecnologia modernas é uma maravilha. Foram gravados no solo raspando a vegetação para um lado e raspando o material da superfície escura que consiste no solo e rocha oxidada, para revelar um subsolo claro. A precisão das linhas Sajama é notável. Se bem muitas dessas linhas sagradas se estendem até dez ou vinte quilômetros (e talvez mais), todas parecem manter uma notável retidão apesar a topografia acidentada e os obstáculos naturais. Alguns creem que os indígenas utilizaram as linhas como uma ferramenta de navegação durante as peregrinações sagradas. Wak’as (santuários), chullpas (torres funerárias) e aldeias se intercalam entre as linhas, criando uma paisagem cultural.
O misterioso geoglifo pré-histórico dos Candelabros de Paracas

Os Candelabros de Paracas é um geoglifo pré-histórico que se encontra na Península de Paracas na Baía de Pisco, Peru. Com uma aparência grande, similar a uma rama, o proposito e significado do Candelabro segue sendo desconhecido. Os Candelabros de Paracas estima-se em aproximadamente 595 a 800 pés de altura e pode-se ver desde 12 milhas no mar. O geoglifo foi criado cortando dois pés de profundidade em solo endurecido, com rochas colocadas ao redor da figura. A forma do geoglifo é misteriosa e algo difícil de descrever. Alguns o tem comparada com uma planta de cactos, enquanto que outros creem que se parece mais a um candelabro de três ramas, daí o nome de “candelabro”. O significado e proposito do Candelabro de Paracas são desconhecidos até o dia de hoje. Os conquistadores supostamente acreditavam que o geoglifo representava à Santíssima Trindade, e o tomaram como um bom pressagio e um sinal de que deviam continuar com sua busca para conquistar e cristianizar aos locais, mesmo que não há registros históricos claros que autentiquem essa informação. Alguns creem que o Candelabro de Paracas é uma representação de uma planta alucinógena chamada erva Jimson, embora outros tem sugerido que o geoglifo representa um para-raios do deus Viracocha, quem foi o grande deus criador na mitologia pré-inca na região dos Andes da América do Sul. O verdadeiro significado e proposito dos Candelabros de Paracas segue sendo difíceis de encontrar até o dia de hoje, e podem se perder para sempre na história. No entanto, o enorme geoglifo continua atraindo as pessoas de todo o mundo que se maravilham por seu tamanho grande e se perguntam por sua origem e criação.
Fonte:https://www.ancient-origins.es/lugares-antiguos/misteriosos-geoglifos-005361