Do mesmo jeito que em outras partes do globo, no oriente existem várias versões do relato do grande diluvio bíblico, de seus motivos e consequências.

A nação chinesa possui várias dessas lendas no seu currículo, que é o caso da lenda da “a família de Fuhi”, as únicas pessoas sobre a face do mundo que conseguiram sobreviver na catástrofe em um barco e encarregados de repovoar o planeta.
Outro mito da antiga China conta como o Deus supremo encomendou ao deus da água criar o diluvio para inundar a Terra como castigo pela desobediência humana, até que um herói decidiu se enfrentar aos deuses de deter o incessante aumento das águas e a consequente extinção.
Em outra lenda do mesmo país se narra que um menino e uma menina, irmãos, foram os únicos sobreviventes do diluvio e que, com eles salvaram um casal de casa animal. Navegaram durante 7 dias e 7 noites, e foi um galo e ave encarregada de os indicar que as águas haviam diminuído.
Por toda Ásia prevalece a narração do diluvio. No norte da Sibéria, segundo a lenda foram 7 pessoas as que conseguiram se salvar. No entanto, na zona central, 7 são os dias e as noites nas que rugiu a tempestade.

Nama é o equivalente a Noé da zona da Ásia central, a quem Deus encarregou a construção de uma grande arca que havia de preencher com diferentes animais e no que se guardou junto a sua mulher e seus três filhos da terrível tempestade. De novo se deixa voar um corvo e uma pomba para conseguir notícias sobre o estado das águas.
Poderia ser que o nível das águas chegasse até os níveis mais altos do planeta, pois no Tibete também se narra a lenda de uma inundação que cobriu todo o pais até que o Gya se compadeceu e teve a bondade de drenar as águas. Depois mandou na Terra para cerca de alguns responsáveis para civilizar aos homens que sobreviveram.
Em ocasiões os sobreviventes do massacre divino são avisados não por algum deus senão por outra figura. Esse é o casso da narração do norte da Tailândia na que um irmão e uma irmã são advertidos por um rato no que tentaram salvar, ou a lenda própria da Mongólia na que um caçador salva a uma serpente de ser devorada. A serpente resultou ser a filha do rei dragão que o recompensou com o dom de compreender a linguagem dos animais, graças a isso pode escutar a uns pássaros falar da vinda da grande inundação.
Outra versão do relato introduz um personagem a mais: o demônio. Os Buryat na Sibéria contam como Deus ordenou a um homem a construção de uma embarcação de madeira e esse homem manteve sua visão em segredo, se o contar, inclusive a sua própria mulher, e se desculpando dizendo que suas largas jornadas no bosque tinham como fim o cartar madeira. Assim que o demônio o contou a verdade sobre os assuntos de seu marido da mulher, e ele aconselhou não embarcar, chegamos a um momento, indicação que ela obedeceu deixando o demônio um motivo para negociar um lugar a bordo para si mesmo.

A tribo vizinha dos Sagaiye conta uma história parecida. Nessa versão o demônio tentou na Noj para que descobrisse o que estava construindo seu marido no bosque. Ao o descobri e contar-lhe ao tentador, esse atua como a Penélope homérica destruindo durante toda a noite o que Noj havia construído durante o dia. Quando a tempestade começou, a embarcação não estava disposta pelo que Deus se viu obrigado a mandar uma “embarcação de ferro” na qual salvar a família humana e a vários animais.
O demônio também um papel na lenda Russa, segundo o qual conseguiu sem querer se salvar dentro da arca convencendo na esposa de Noé para que embebedasse a seu marido.
Nesse continente também existem vários mitos que põem em evidencia que não só o diluvio foi criado pelos deuses, sendo que o motivo do mesmo foi castigar aos homens.
A tribo Singpho que habita a Índia, China e Myanmar conta que o homem se negou a fazer sacrifícios aos deuses o que os enfureceu e resultou na quase extinção da humanidade deixando a 4 sobreviventes e 2 casais, que se converteram nos ancestrais da nova humanidade.
Segundo o mito narrado na Índia central, os homens se tornaram perversos e preguiçosos e Deus se arrependeu de tê-los criado mandando o grande diluvio para destruí-los.
Parecido é o relato das ilhas Andaman localizadas na Baia de Bengala. Nesse arquipélago também se diz que tempo depois da sua criação, o ser humano se tornou desobediente e Deus, extremamente furioso, criou o diluvio que arrasou com tudo. Só 2 casas se salvaram pela casualidade de encontrar-se navegando durante o acontecimento.
Como se tem indicado, calcula-se que existem mais de 500 lendas no mundo que guardam em sua memória o resisto do fatal evento distribuídas em mais de 250 culturas. James Perloff indica em seu livro Tornado in a Junkyard o seguinte:
De 95% de mais de 200 lendas do diluvio, o diluvio foi universal, em 88%, uma família foi salva, em 70%, a sobrevivência foi por meio de um barco, em 67% também se salvou aos animais, em 66%, o diluvio se deu na maldade do homem, em 66%, os sobreviventes haviam sido avisados, em 57% terminaram em uma montanha, em 35% se enviaram aves do barco e em 9% exatamente 8 pessoas se salvaram.
É evidente e ao mesmo tempo surpreendente a incrível semelhança de tantos relatos ao redor do planeta ignorando a impactante coincidência de que a lenda possa ser encontrada em cada nação e em cada cultura inclusive nas populações dos locais habitados mais remotos do globo.
Se várias dessas civilizações segundo nos diz, não tiveram contato entre si, por que aparece o mesmo relato, uma e outra vez, no folclore e as tradições de cada povo. Indicaria isso que o evento realmente teve loca e foram os sobreviventes de cada zona os encarregados de guardar a memória do mesmo na tradição.
Apesar nas sutis diferenças entres as diferentes narrações é apreciável que o núcleo principal das histórias se mantem na memória das lendas fazendo de cada relato o mesmo, ainda que contato de forma diferente.
Fonte: https://mysteryplanet.com.ar/site/el-diluvio-universal-segun-las-leyendas-de-oriente/