Autora: Joanna Gillan
Traduzido por: Rafael Barros
Há pouco mais de uma década, uma equipe de exploradores estava trabalhando numa missão de exploração e reconhecimento na costa ocidental de Cuba, quando seu equipamento de sonar detectou uma série desconcertante de estruturas de pedra que encontram-se a uns 650 metros abaixo da superfície. As estruturas pareciam completamente análogas ao árido “deserto” do fundo do oceano e pareciam mostram pedras organizadas simetricamente que recordam um desenvolvimento urbano. Rapidamente se produziu uma onda de meios com sites de notícias com títulos como ‘Atlântida descoberta em Cuba’ e ‘Cidade perdida do Caribe encontrada’. No entanto, o achado também atraiu a atenção do governo, o museu nacional e a National Geographic, quem fizeram promessas de investigar as estranhas imagens o sonar. Agora. Dez ano depois a história tem desaparecida na escuridão. Que ocorreu com as ruinas afundadas da Cuba? Foram investigados a funda alguma vez, e por que os meios de comunicação tem mantido silencio sobre esse inusitado descobrimento?
O descobrimento se fez pela primeira vez em 2001 quando Pauline Zalitzki, engenheira marinha, e seu esposo Paul Weinzweig, proprietários de uma empresa canadense chamada Advanced Digital Communications (ADC), estavam trabalhando numa missão de reconhecimento junto com o governo cubano na ponta da península de Guanahacabibes na província de Pinar del Rio em Cuba. ADC era uma das quatro empresas que trabalhavam em uma empresa conjunta com o governo do presidente Fidel Castro para as explorar as águas cubanas, que abrigavam centenas de barcos carregados de tesouros da época colonial espanhola. A equipe estava usando um equipamento de sonar avançado para escanear uma área de 2 quilômetros quadrados do fundo do mar quando notaram uma serie de estruturas de pedras simétricas e geométricas que se assemelhavam a um complexo urbano.

Ao estudar as imagens do sonar, Zalitzki observou que pareciam ser formações incomuns de blocos lisos, cume e formas geométricas. Alguns dos blocos pareciam construídos na forma de pirâmide, outros eram circulares.
Em julho de 2001, voltaram ao sítio com o geólogo Manuel Iturralde, principal pesquisador do Museu de História Natural de Cuba, desta vez equipado com um Veículo Operado a Distância para examinar e filmar as estruturas. As imagens revelaram grandes blocos de pedra que se assemelhavam ao granito talhado, que mediam em torno de 8 por 10 pés. Alguns blocos pareciam empilhados deliberadamente uns sobre outros, outros pareciam isolados do resto. Zalitzki disse que as imagens pareciam refletir as ruinas de uma cidade submersa, embora se mostrou relutante a tirar conclusões sem mais provas.
“São estruturas muito peculiares e tem capturado nossa imaginação”, disse Iturralde, quem tem estudado inúmeras formações submarinas. “Mas se tivesse que explicar isso geologicamente, o passaria mal”.
Estimando que haviam levado 50000 anos para que tais estruturas se tenham afundado até a profundidade na que se dizia que foram encontradas. Iturralde acrescentou: “há 50000 anos não existia a capacidade arquitetônica em nenhuma das culturas que conhecemos para construir complexos edifícios”. Um especialista em arqueologia subaquática da Universidade Estadual da Florida acrescentou: “Seria genial se tivessem razão, porém seria realmente avançado para qualquer coisa que vemos no Novo Mundo para esse período de tempo. As estruturas estão fora do tempo e fora de lugar”.
Na tempestade midiática que seguiu ao anúncio do descobrimento, os sites de notícias se apressaram a estabelecer paralelismo com a lendária cidade perdida de Atlântida. No entanto, Zelitsky e Weinzweing não estavam dispostos a fazer tais comparações. A história é um mito, disse Zelitsky. “O que temos encontrado são restos de uma cultura local”, uma vez localizado em um “ponto terrestre” de 160 quilômetros que unia a península de Yucatán no México com Cuba. Iturralde acrescentou que existem lendas locais dos maias e nativos yucatecos que falam de uma ilha habitada por seus antepassados que desapareceu sobas as ondas. No entanto, Iturralde não descarta a possibilidade de que a formações rochosas seja simplesmente o resultado das maravilhas da Mãe Natureza. “A natureza é capaz de criar algumas estruturas realmente inimagináveis”, disse.
Apesar de centenas de meios de comunicação que informa sobre cidades submersas, civilizações avançadas, a cidade perdida de Atlântida e ruinas submergidas, há outros que não estão dispostos a aceitar esse ponto de vista. Keith Fitzapatrick-Matthews do site de desacreditação Bad Archeology, afirmou que a profundidade dos supostos restos é o maior problema para os defensores da cidade submersa. Durante o Pleistoceno, que se caracterizou por uma serie de era glaciais, o nível do mar diminuiu significativamente, mas a queda máxima foi de aproximadamente 100 metros.
“Em nenhum momento durante da Idade do Gelo havia estado por cima do nível do mar a menos que, naturalmente, a terra na que se encontram se tenha afundado. Essa é a afirmação da Atlântida: segundo o relato de Platão, foi destruída por violentos terremotos e inundações. Contudo, se tomarmos a palavra de Platão, como devemos fazê-lo se assumirmos que a Atlântida foi um local histórico, a violência de seu naufrágio faz que seja improvável que uma cidade enterrada tenha sobrevivido se submergindo mais de 600 metros num abismo”, escreve Fitzapatrick-Matthews.
Se assumirmos que tem razão e essas estruturas de pedra não refletem uma antiga cidade submersa, sendo que são simplesmente produtos da natureza, então seguramente os geólogos e outros cientistas se apressaram em pular sobre o achado e investigar que estranho evento da natureza causou tão peculiares formações. Curiosamente, no entanto, não se tem informado de investigações do seguimento e os meios de comunicação tem mantido um silencio sepulcral no respeito. O que aconteceu com todas as promessas do governo, o museu nacional, National Geographic e outros cientista de realizar mais estudos?
A rápida rejeição da história tem levado a alguns a questionar se tem havido uma eliminação de informação sobre o achado. Contudo, Fitzapatrick-Matthews afirma que a história simplesmente esfriou e que, no final, os especialistas não estavam convencidos de que Zelitsky realmente tivesse descoberto uma cidade submersa.
Imagem de primeira página: Reconstruída Imagem tomada do sonar do fundo marinho frente às costas de Cuba.
Fonte: Ancient Origins ES